quinta-feira, 25 de julho de 2013

STOP.



    Pessoal, eu vou ficar um tempinho sem postar. - mais do que já fiquei -. É que agora estou suuper sem criatividade pra continuar Memories. Tipo, só uma pessoa lê - Valeu, John! - E agora estou pensando em fazer desse blog um Blog Literário. Ou, um blog evangélico. Não estou mais com criatividade e paciência para escrever Memories, e acho que é um pouco injusto deixar vcs esperando sem uma resposta. Bem, aqui está a resposta. Desculpe quem estava gostando da história, mas é que eu não consigo mesmo mais escrever. Vou ver no que vou fazer com o blog, e, se naõ decidir nada, vou excluí-lo e escrever no "AnimeSpirit".

    Obrigada mesmo ás pessoas que liam Memories, vcs saõ demais! bjjss e Fiquem com Deus!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Memories - Capítulo 9 - Quando Trisha decide "Trishificar"

     E então foi a vez dele beijar minha bochecha. Assim que recebi esse gesto de carinho, corei imediatamente. Tão intensamente que ele seria muito burro de não ter percebido. Saiu e, quado virou um momento para trás – eles sempre olham para trás – a única coisa que saiu de minha boca foi:
 
– Até amanhã.
 
                 Memories - Nove
 
 
                              ***
   
    Assim que abri a porta de casa, dei cara com minha melhor amiga levando dois pratos sujos para a cozinha. A olhei indignada e, quando ela voltou á sala, ergui as sacolas que estavam em minhas mãos e perguntei:
     – Não podiam esperar?
     – Até que tentamos, mas..., sabe... acho que nosso estômago não conseguiria aguentar por muito tempo – disse Trisha, não escondendo que estava chateada com a minha demora.
     – Muito engraçado – eu disse, indo para a cozinha – Onde está Colin?
     – Em seu quarto – respondeu ela, me seguindo, ainda irritada – Mas não tente mudar de assunto. Por que demorou tanto? Você sabe que Colin está tomando medicamentos e não pode ficar muito tempo sem comer. Tivemos que comer a macarronada de ontem
 
    Coloquei as compras em cima da mesa da cozinha e a fitei:
 
     – Bem, vocês não morreram – disse – E não fique tão brava, daqui um pouco converso com você sobre isso. Agora vou falar com Colin, ele deve estar furioso comigo.
     – Boa sorte – disse Trisha asperamente.
 
    Percebi que ela estava realmente chateada comigo e então a abracei.
     – Me desculpe – eu disse – Não vai acontecer de novo.
     – Sei que não, pois da próxima vez eu vou ao mercado – Trisha falou e em seguida sorriu – Está tudo bem, bobona. Mas não quer dizer que não vou querer conversar sobre isso depois, ouviu? Tenho quase certeza de que essa demora ocorreu por causa daquele gatinho da floricultura.
    Senti algo borbulhar em meu estômago quando ela citou Rick.
     – Melhor eu ir falar logo com Colin – eu disse – Ele deve estar jogando dardos em alguma foto minha. 
    Trisha deu risada e começou a guardar as compras
 
    – Colin não sabe jogar dardos.
 
    Sorri e saí da cozinha.
    Fui até o quarto de Colin e percebi que a porta estava entreaberta. Ele estava  sentado á escrivaninha, desenhando, como sempre. O olhei por um instante e pude ver que as marcas da alergia já estavam saindo, deixando apenas algumas manchas pequenas. Abaixei a cabeça e suspirei. Estava muito preocupada com ele, pois desde que chegamos não fizemos nada de que ele goste. Colin sempre foi um ótimo amigo, mas me lembro que quando éramos crianças eu e Trisha o desprezávamos. E era isso que eu estava fazendo com ele. Ou, pelo menos, sentia que estava.
    Abri a porta lentamente, chamando sua atenção. Colin olhou pra mim e cruzou os braços.
    – Bem, como foi a viagem? – ele perguntou.
 
    Franzi a testa e entrei no quarto.
    – Do que está falando, Colin? – perguntei.
    – Demorou tanto que achei que tivesse ido no supermercado de Mississipi.
 
    Mostrei a língua e sentei na cama.
 
    – Me desculpe – eu disse – Não vai mais acontecer, está bem?
    – Está bem – disse Colin, deixando o lápis na escrivaninha e virando a cadeira na minha direção – Mas, até que foi bom você demorar. Acabei descobrindo que macarrão requentado não é tão ruim assim.
 
    O encarei e cruzei os braços, segurando pra não rir e estragar minha imagem de “eu odeio suas piadas”.
    – Por quê será que Trisha gostou de você? Não pode ter sido por você ser engraçado.
    – Porque eu sou bonito, inteligente e romântico – disse Colin – E eu sei falar Coreano.
    Dessa vez eu tive que rir. Foi quando eu me lembrei que Colin e eu ainda não tivemos uma conversa de “melhores amigos”, desde que ele e Trisha começaram a namorar. Lembro de ter ficado com medo de isso acontecer quando os dois deram a notícia, e comecei a pensar se aquele não era o momento de falar sobre isso.
    – Colin... será que podíamos conversar? – perguntei.
    É, eu deveria fazer aquilo. Na verdade, eu era mais próxima de Colin do que de Trisha. Ele morava praticamente na mesma rua que eu e nossas famílias eram amigas. Estudávamos na mesma escola e vivíamos um na casa do outro. Trisha chegou depois, quando tínhamos 10 anos. Ela morava um pouco mais longe, mas mesmo assim nos encontrávamos todos os dias. A partir daí nós três ficamos inseparáveis. Quando adolescentes, começamos a imaginar as viagens que iríamos fazer juntos. Começamos por San Francisco. Depois, Nova Iorque. Logo após, Califórnia. Com 18 anos Colin disse o que sentia por Trisha e a pediu em namoro. Depois desse dia, eu e Colin não tivemos mais a relação que tínhamos antes. Não estou dizendo que fiquei com ciúmes; quis dizer que comecei a sentir falta do tempo que passávamos juntos. Também não estou culpando Trisha: a conheço desde os 10 anos e a amo de verdade, mas é que tenho uma conexão especial com Colin; é como se fôssemos irmãos de sangue.
    Colin franziu a testa e sentou ao meu lado na cama.
     – Sobre o quê você quer falar? – ele perguntou.
     – Bem.... hum, é que.... – respirei fundo – Estou começando a sentir falta do tempo que passávamos juntos, Colin. Olhe, eu estou adorando o seu namoro com Trisha, e estou feliz que esteja feliz com ela. Mas é que... Trisha sempre está querendo passar um tempo comigo, e estou sentindo que estou passando mais tempo com ela do que com você. Principalmente agora que chegamos aqui – dei conta de que ele franzia a testa e fiquei vermelha – Oh..., o que eu estou falando? Esqueça tudo o que eu disse. Já temos 20 anos, não somos mais adolescentes. Estou agindo feito uma criança. Oh, você deve estar me achando agora tão infantil!
     Colin sorriu fraco, se ajeitou um pouco na cama e entrelaçou os dedos dele com os meus.
    – Você não está sendo infantil, Becky – ele disse – Só está dizendo o que pensa. Na verdade, eu estava conversando sobre isso com Trisha ontem á noite. Sabe..., quando comecei a namorar com ela, também senti medo que isso acontecesse. Pensei que eu e Trisha fôssemos ficar mais distantes de você. Mas... é por isso que Trisha é maravilhosa. Ela consegue separar o tempo dela pra tudo. Pra mim, pra família, pras compras... e pra você. Bem, eu não sei fazer isso. Não como ela. Então, acho que pode colocar a culpa disso tudo em mim, se quiser.
     – Não quero – eu disse – Você não tem culpa, Colin... isso acontece. Não estou conversando sobre isso com você para culpar alguém. Só queria que soubesse o que estou sentindo sobre isso – por um momento sorri – Lembra quando você falava mal dos meninos que eu gostava? Você dizia que todos eram idiotas e que iriam me fazer sofrer.
    – Não final, eu estava certo. Eu sempre acertava.
    Concordei e sorri.
    – É verdade. Mas, é melhor não falarmos mais sobre isso. Afinal, foi por isso que viemos para cá, não foi? Para nós três passarmos mais tempo juntos. É perda de tempo discutir sobre esse assunto.
    – Na verdade, foi interessante – disse Colin – Eu pude saber o que se passa com você. Faz um bom tempo que não conversamos assim, devíamos fazer isso mais vezes. Afinal... já que estamos assim, será que eu podia perguntar... Você está afim daquele cara que trabalha na floricultura?
    Virei o rosto e tentei disfarçar, mas sabia que era perda de tempo tentar esconder as coisas de Colin. Melhores amigos são como Trisha: detectores de mentiras.
    – Bem... Oh, por Deus, Colin! Chegamos aqui faz apenas dois dias e você já acha que estou caída por um florista? Oh, tenha Santa Paciência! – levantei fingindo estar irritada e fui até a porta – Quando estiver apaixonada por alguém, pode ter certeza que você e Trisha vão ser os primeiros a saber. Até lá, não façam comentários desse tipo!
    Colin deu risada e então levantou da cama e voltou até a escrivaninha, continuando seu desenho.
    – Você ficou irritada demais com isso, sabia? É meio suspeito.
     Ele estava mesmo me pressionando. Bem, uma hora ele ia descobrir sozinho, e iria ser pior. Respirei fundo e então disse:
    – O nome dele é Rick e ele me chamou pra sair amanhã á noite.
    Quando Colin ia dizer algo, foi interrompido.
    AAAAAAAAAH! EU SABIA, EU SABIA!
    Trisha abriu a porta do quarto e pulou em cima de mim. Seu abraço perecia que ia me sufocar.
 
    – Trish.... pare... c-com isso! – enquanto Trisha quase me enforcava, Colin apenas dava risadas e continuava com seu estúpido desenho.
    – Venha, vamos escolher uma roupa pra você – dessa vez ela me puxou e então eu praguejei.
    Agora eu deveria passar pelo estádio 1 do comportamento de Trisha: Ouvir seus conselhos e só criticar quando ela terminar – para a minha segurança, eu nunca criticava – O estádio 2 eram as roupas. Estádio 3 o cabelo e estádio 4 a maquiagem. No final, eu virava uma outra versão de Trisha. Mas, dessa vez não deixei ela me “Trishificar”. Eu mesma escolheria minhas roupas, arrumaria meu cabelo e faria minha maquiagem. Eu adorava ouvir os conselhos de minha amiga, mas... o meu visual era uma coisa que eu nunca deixava ela mudar.
     No mesmo dia eu, Colin e Trisha fomos até a praça principal da cidade. Nos divertimos tanto que nem mesmo seu eu mostrasse as fotos para você, Kate, poderia imaginar como estávamos nos sentindo naquele dia. O tempo que passei com eles em San Francisco me fez valorizar minhas amizades e, espero que quando você crescer, possa aprender isso também.
                                                                     ***
    No dia seguinte, eu estava mais nervosa que Colin quando vê uma aranha. Pensei que seria fácil me arrumar sozinha para esse encontro, mas... de um jeito ou de outro, eu sentia que hoje deveria ser diferente. Por isso resolvi pedir ajuda a uma profissional.
 
    – Trish?
 
    Ela estava no sofá com Colin. Assim que ela me viu com um monte de vestidos nas mãos, sorriu e entendeu tudo.
 
    – Sabia que você ia se render.
    E então me levou até seu guarda-roupa. Pedi algo que não fosse vulgar demais e também nem muito criança. Que não fosse formal demais – pois não sabia aonde Rick me levaria – E que também não fosse muito “vou ir ao mercado”. Trisha fez uma careta e disse que não tinha algo assim, mas que podia montar algo parecido com uma peça de roupa miha e uma peça de roupa dela. “Ótimo”, pensei. “Não irei ficar tãoTrishificada’ ”.
    Resolvemos assim: Eu usaria um vestido azul claro de seda – não era muito formal – um sapato de salto alto de Trisha, um colar da mesma e algumas pulseiras minhas. O cabelo deixei por conta de Trisha e, não me lembro muito qual foi o penteado, só me lembro que havia ficado tão lindo que demorei algum tempo para sair da rente do espelho. A maquiagem eu mesma fiz. – pois quando Trisha a fazia, eu não parecia eu mesma. E eu odiava quando eu não era eu mesma.
    Só sei que quando tudo terminou, eu estava sentada no sofá esperando dar oito horas da noite. Não sabia se era melhor eu esperar por ele ou eu mesma ir até a floricultura, mas comecei a imaginar que ele não deveria estar lá. Quando pensava nisso, Colin e Trisha chegaram na sala.
 
    – Ela não está linda, Colin? – perguntou Trisha, colocando as duas mãos na boca.
    – Nada mal, Johnson – respondeu ele, olhando pra mim – Está nervosa?
    – Oh, claro que ela está! – Trisha me interrompeu – É a primeira vez que sai com um garoto sem ser por vontade dos pais dela!
 
    A encarei e Colin a beliscou. Trisha soltou um grito e depois olhou pra mim.
 
    – Me desculpe.
    Dei de ombros e sorri.
    – Está tudo bem – eu disse – Não é nada mais que a verdade. Estou feliz por ter tomado essa decisão sozinha. E... é, estou um pouco nervosa.
    Trisha colocou a mão no coração como se estivesse emocionada e veio me abraçar.
    – Own, Becky.... fique tranquila, está bem? O máximo que ele pode fazer é rir de alguma besteira sua.
    Eu poderia até dizer que ela não estava ajudando em nada. Mas, era assim que Trisha ajudava. E, sinceramente: eu adorava o jeito dela.
    – Acho que preciso ir agora – eu disse, levantando do sofá – Me desejem sorte.
    – Boa sorte – disseram eles.
    Decidi que ficaria esperando Rick no saguão do prédio, já que foi ele quem disse que iria me pegar. Saí do apartamento e desci as escadas. Quando ia abrir a porta do saguão, ela bateu com força no pé de alguém.
    – Oh, Desculpe
    Então, ele sorriu.
    – Rebecca Johnson – disse Rick – Você está linda.
 
                                                            ***
 
Continua...
 
Hellooo! Sim, sim, eu sou uma desgraçada! mas dessa vez confesso que foi por preguiça! É que fiquei tão viciada na série Coreana "Princess Hours", que até esqueci de escrever a história! Mas, agora que já terminei de assistir todos os capítulos, vou tentar postar mais vezes.
    Hoje naõ vai dar pra responder os comentários, sorry :(! Espero que tenham gostado, bjss e fiquem com Deus!
 
 



 
 

domingo, 16 de junho de 2013

Livros que estou maluca pra ler




    Heeeeeey! Pessoal, ultimamente estou desesperada atrás de alguns livros. E, como uso esse blog pra expressar tudo o que sinto, quero publicá-los aqui pra talvez despertar o interesse de vocês para lê-los também. Quem sabe, deixo mais pessoas desesperadas além de mim?

Bem, os livros são esses:

A ovelha e o Dragão - Renata Martins:
                                                     
  Sinopse: Um jovem satanista e uma missão, destruir uma igreja e seu Pastor. Ele só não contava com uma coisa: apaixonar-se pela filha desse homem!

    Uma batalha travada entre os mundos físico e espiritual, onde o certo, o errado e o duvidoso andarão lado a lado. O que prevalecerá para Cristiano e Raquel: a missão de vida, ou o amor insano e incondicional?


Nosso Banner


   A Ovelha e o Dragão tem três livros: Os escolhidos, A Restauração e a Consumação. Quem aí ficou maluco pra ler?


                                                                            ***


As Crônicas de Aedyn - Alister McGrath

Sinopse:  A terra de Aedyn é um prato que está além de toda a imaginação. No entanto, quando tudo desaba, estranhos de outro mundo são chamados para lutar pela verdade. Pedro e Julia nunca suspeitaram que a viagem para a casa de seus avós teria algo fora do comum... Isso, porém, foi antes de Julia tropeçar em um jardim misterioso que brilhava em noites sem lua. Não foi, também, por acidente que ela caiu no lago e puxou seu irmão consigo. No entanto, eles agora estavam perdidos em outra dimensão, em um mundo estranho e sem saber em quem confiar. Será que poderiam acreditar nos lordes encapuzados? No monge idoso que só aparecia quando não era esperado? Ou escravos silenciosos com seus tenebrosos segredos?

   

As Crônicas de Aedyn também tem três livros: Os Escolhidos, (sim, é o mesmo que A Ovelha e O Dragão) que já foi pulicado no Brasil, e os outros dois: Flight of the Outcast e Darkness Shall Fall
    Nem precisa dizer como estou pra ler essa série... ou precisa?

                                              ***
A Primeira Oração de Jéssica - Hesba Stretton 

Sinopse: Como encontrar a fé quando a vida insiste em lhe mostrar o contrário? Pode a crueldade da vida acabar com a inocência de uma criança? A Primeira Oração de Jéssica é uma história de superação, amor e perdão que tem encantado milhões de leitores por todo o mundo desde sua Primeira Edição. Nesta obra, vocês conhecerão Jéssica, uma menina que nunca conheceu momentos de alegria. Abandonada pela mãe alcoólatra e vivendo na rua, descobre um novo significado para sua vida quando conhece o Sr. Daniel, dono de uma cafeteria. Essa amizade irá unir e mudar duas histórias completamente distintas, conduzindo eles e os leitores à uma jornada direta para o verdadeiro amor através de Deus, da Oração e das ações que transformam todos a sua volta. Uma leitura pura e cheia de graça. Um livro para pais e filhos. Uma mensagem que será levada para toda a vida. Preparem-se para escutar em suas almas esta Oração.



O livro chama atenção pela capa, mas, no meu caso, me chamou atenção por ter o meu nome (u.u ) . Daí, só de ler a Sinopse, comecei a ter uma necessidade imensa de ler esse livro. E quem aí tá comigo?


                                           ***

    Queria muito saber onde posso achar esses livros, pois algumas livrarias evangelicas não o possuem. Ou, onde posso fazero download. Não vou parar até desobrir, pois quando quero ler um livro, derrubo até a vovozinha na cadeira de rodas e corro atrás.

Bjss, e obrigado pelo tempo! espero que tenham gostado das dicas! Fiquem com Deus!

 

sábado, 15 de junho de 2013

Memories - Capítulo 8 - Cheirinho de baunilha


    Tinha dito para Trisha que chegava logo. E ainda precisava passar no mercado e comprar algo para fazer o almoço. Mas... era apenas um sorvete, certo? – Aliás, Colin e Trisha é quem tinham dito que eu precisava me relacionar mais com as pessoas. Qualquer coisa, ponho a culpa neles. 

    – Eu vou – disse – Mas tem que ser rápido.

                  Memories - Oito



                                                ***
     A SORVETERIA  ficava á duas ruas atrás da floricultura. Em frente, havia uma pequena praça, que estava lotada de crianças. Rick segurava a minha mão, e eu não fazia questão de soltá-la. Afinal, ele só estava querendo ser gentil... não é mesmo?.
 
    – Vovó? Porque parou? – Kate segurou minha mão.
    – Oh, Kate... me desculpe.  – eu disse – Me lembrar de seu avô me deixa assim.
 
    Kate sorriu e acariciou minha mão.
 
    – Não precisa continuar se não quiser, vovó. Eu vou entender.
    – Não, está tudo bem – protestei – Só me distraí. Não vai acontecer de novo. Onde paramos?
    – O vovô estava te levando pra tomar sorvete – lembrou Kate.
    – Oh, sim. A sorveteria. Bem, depois de escolhermos os sabores, Rick me levou até a praça.
 
                                     ***
    O dia não estava tão ensolarado, mas a atmosfera era úmida e quente. Rick ficou encantado com a minha câmera, já que não naquela época não era todos que podiam ter uma câmera igual a minha. Ele insistiu para tirar uma foto minha, mas respondi que tiraria mais tarde. Então, contentou-se em tirar uma foto da praça.
     Sentamos em um banco perto de uma menina que brincava de amarelinha. Assim que Rick a viu, arregalou os olhos e gritou:
 
    – Selena?! O que faz aqui?
 
    A garota loira de olhos claros largou o giz no chão e correu para os seus braços. Rick soltou uma gargalhada tão gostosa que chegava a ser musical. A garota lhe dava vários beijinhos no rosto e demorou cerca de 5 minutos para soltá-lo. Rick desistiu de tomar o sorvete e entregou-o a Selena, antes de lhe dar um beijo na testa.
 
    – Quanto tempo não a vejo! – disse Rick – Onde está Luke?
    – Na floricultura – ela respondeu, lambendo o sorvete – Chegamos faz um tempinho atrás. Aliás, não devia estar lá agora mesmo? George está maluco procurando por você.
 
    Rick sorriu e olhou para mim, e eu dei de ombros, sorrindo também.
 
    – Estou meio ocupado agora – ele disse – Mas estou muito feliz de ver você. Ei, sabe voltar para a floricultura sozinha?
    – Acho que sim – Selena respondeu
    – Então, faça o seguinte: Volte para lá e avise o tio George que não irei demorar mais que vinte minutos. E diga para seu pai que não se apresse a ir embora, pois quero que vocês passem a tarde na minha casa. Pode fazer isso?
 
    Selena assentiu rapidinho e olhou para mim.
 
    – E quem é essa, tio Rick?
 
    Antes que eu pudesse responder, Rick foi mais rápido:
 
    – Ah, que modo os meus! – ele olhou para mim – Esta é Rebecca Johnson, uma amiga minha.
    – Muito prazer, Rebecca – disse Selena, limpando a mão suja de sorvete e a estendendo.
    – O prazer é todo meu, princesa – peguei em sua mão e ela soltou um lindo sorriso.
    – Preciso ir – ela disse, e então olhou para Rick – mas não prometo que vou te livrar de levar uma bronca de George. Você sabe muito que ele não gosta quando sai em horário de trabalho.
 
    Rick soltou uma risada e apertou seu nariz.
 
    – E você é muito inteligente e mandona para uma criança de 10 anos – disse Rick – Agora vá. E não se esqueça de convencer seu pai a ficar.
    – Vou tentar – ela deu de ombros e lambeu o sorvete – Mas não prometo nada. Ele não é tããão manteiga derretida como você.
 
    Dessa vez eu que ri.
 
    – Engraçadinha – Rick falou – Vá logo, vá. E está me devendo um sorvete.
   
    Selena revirou os olhos e foi embora, murmurando o seguinte:
 
    – Tenho apenas 10 anos e já tenho dívidas!
 
    Eu e Rick rimos apor alguns segundos e ele disse:
 
    – É minha sobrinha. Meu irmão Luke vem me visitar a cada mês, mas raramete traz a filha. Não vejo Selena á 7 meses! Não imagina o quanto amo essa menina.
    – Ela é linda – eu disse, lambendo o sorvete – E onde ele mora? Digo, seu irmão Luke?
    – Nova Iorque – ele respondeu – É um advogado muito importante lá e nos ajuda sempre quando pode. E o melhor, nunca deixa de nos visitar. Não consigo me lembrar um dia em que brigamos. Bem, discutimos ás vezes como todo irmão, mas... nunca brigamos feio, a ponto de ficarmos dias sem conversar. Luke é meu melhor amigo.
    – Isso deve ser incrível – eu disse.
    – O quê? Não brigar com o irmão?
    – Ter um irmão.
 
    Senti raiva de mim mesma por aquela frase ter soado tão dramática. Rick me olhou por uns segundos.
 
    – Filha única? – ele chutou
    – Sim – respondi – Meus pais tentaram ter mais um filho mas minha mãe perdeu nas duas tentativas. Duas vezes foi ao hospital e descobriu que estava grávida, e duas vezes voltou de lá com a notícia de que os havia perdido. Foi um choque pra todos nós.
 
    Rick se aproximou mais um pouco de mim e disse:
 
    – Eu sinto muito.
    – Está tudo bem. Ter um irmão deve ser ter um melhor amigo morando com você. Não deve ser muito diferente do que sinto com Colin e Trisha. Mas... trocando de assunto, o dono da floricultura é seu tio?
 
    Rick deu um longo suspiro.
 
    – É sim. Tio George. Não me deixa ter um dia de folga, e eu bem que mereço. Tento ser o mais educado com todos e ainda tenho que aturar clientes chatos que não sabem o que querem. Você devia ter chegado aqui no dia dos namorados, é uma loucura. Oh, não, esqueça. Não devia ter chegado. Se não, não poderíamos estar aqui agora. Acredite, a porta giratória sempre emperra nessa época.
 
    Soltei uma risada e perguntei:
 
     – Você está muito encrencado agora?
     – Não muito – ele respondeu – O máximo que vou ouvir é que sou um péssimo sobrinho e que desse jeito não vou vencer na vida. E aí ele começa a me comparar com Luke e me manda varrer a calçada da loja.
 
    Como sempre, soltei uma risada. Mas dessa vez não sabia o que dizer depois. O sorriso que Rick deu em seguida me deixou sem fala. Como se o conhecesse á muito tempo, sujei a ponta de seu nariz com sorvete, que estava quase derretendo. Rick riu e bateu a mão na minha, fazendo com que o sorvete sujasse meu queixo. Com o sorvete que ainda restava na casquinha, sujei sua boca, bochecha e nariz, sem que restasse tempo para ele reagir.
 
    – Acho que eu ganhei – eu disse, dando gargalhadas que se misturavam com as dele.
 
    Me virei para jogar a casquinha no lixo e, quado me voltei a Rick, outra onda de gargalhadas invadiu meu corpo. Meu rosto podia estar sujo, mas com certeza não estava tão engraçado como o dele. Rick ria e tentava se limpar, mas só piorava tudo. Tirei um lenço do bolso da minha saia e comecei a limpar seu rosto.
 
    – Está com cheiro de baunilha – eu disse.
 
    Enquanto limpava seu rosto, Rick olhava intensamente para mim. Devia estar horrível, e comecei a ficar sem graça. Tentei virar o rosto, mas não conseguia. Assim que terminei, Rick perguntou baixinho:
 
    – Por que as mulheres sempre andam com um lenço no bolso?
    – Porque elas estão sempre previnidas – respondi – Melhor voltarmos logo, já se passaram mais de vinte minutos.
 
    Levantei do banco e Rick fez o mesmo. Com um movimento quase que coreografado, ele conseguiu pegar minha câmera e apontar para meu rosto, simulando tirar uma foto.
 
    – Rick...
    – Deixe-me tirar uma foto sua, Johnson!
    – Não estou muito bem para ser fotografada.
    – Deixe de bobagem, você está linda! – ele colocou a câmera na frente do rosto mais uma vez – Por favor?
 
    Respirei fundo.
 
    – Não – tomei a câmera dele – Vamos logo, ainda tenho que passar no super mercado.
 
    Rick riu e cruzou os braços, me seguindo.
 
    – Um dia aindá há de implorar para que eu tire uma foto sua, Johnson.
 
    Sem chance, pensei.
 
 
                                    ***
 
    Depois de ter passado no supermercado, Rick me acompanhou até em casa. De frente a floricultura, havia um homem alto e elegante. Seu cabelo era castanho e ele usava roupas que na minha cidade era considerada da classe alta – minha mãe adoraria conhecê-lo.
 
    – Oh, alí está Luke! – exclamou Rick.
    – Adoraria ficar para conhecê-lo, mas... já demorei mais do que o suficiente – disse – Obrigada por hoje, Rick. Adorei cada minuto. Até mais.
 
    Antes de entrar pela portaria do prédio, fiz uma coisa que juro, juro mesmo; foi uma ação involuntária. Inclinei-me e dei um beijo em sua bochecha. Rick ficou um tempo sem dizer nada, e então aproveitei para sair dalí e entrar no prédio.
 
    Eu sabia que ele iria me seguir. Mas mesmo assim corri até passar pelo saguão e subir o primeiro degrau da escada.
 
    – Rebecca!
 
    Eu me virei. Rick estava ofegante, provalmente pelo fato de ter corrido para me seguir. Não quero me gabar, mas... eu sou bem rápida. (u.u)
 
    – Gostaria de sair comigo amanhã á noite?
 
    Quase me engasguei com a pergunta.
 
    – Não costumo sair com estranhos – eu disse baixinho.
 
    Rick deu aquele sorriso novamente e respondeu no mesmo tom.
 
    – Depois de ter aceitado minha carona, conhecido minha família e ter me deixado com cheiro de sorvete de baunilha, ainda me considera um estranho?
 
    Poderia ter dito não, mas a presença de Rick me fazia bem. O encarei e cruzei os braços.
 
    – Amanhã á noite?
    – Amanhã á noite.
    – Bem... pode ser legal. Eu aceito.
 
    Rick assentiu e sorriu.
 
    – Te pego ás oito – disse ele – Até amanhã, Johnson.
 
    E então foi a vez dele beijar minha bochecha. Assim que recebi esse gesto de carinho, corei imediatamente. Tão intensamente que ele seria muito burro de não ter percebido. Saiu e, quado virou um momento para trás – eles sempre olham para trás – a única coisa que saiu de minha boca foi:
 
    – Até amanhã.
 
 
                                  ***
 
Continua....
 
Hallelujah! Jessica is Back!
 
    Ainda se lembram de mim, pessoal? kkkk Eu sei que demorei pra caramba - pra caramba! - mas o problema foi que meu PC pegou virús e teve que ficar no concerto por muito tempo. E, quando voltou, ainda tive que ficar de castigo por alguns dias por eu ter colocado vírus nele. Mas, como sou uma boa menina - u.u - e aprendi a lição, já posso postar pelo menos dois capítulos por semana! Não é muito, mas é o que posso, kkk
 
Comentários:
 
Johnathan Freitas: Oh, God! mesmo? Então por favoooor coloque quais são os erros, pois naõ quero cometê-los de novo! Obrigada por avisar, kkk. - eu bem que disse que isso iria acontecer - Espero que me desculpe por causa da demora, acho que nem se lembra mais de como é a história, kkk Bjss, até a próxima!
 
 
Feliz dia dos namorados super-hiper atrasado!
 
" Fica sempre comigo.. encarna-te em qualquer forma... torna-me louco! Só não quero que me deixes neste abismo, onde não posso te encontrar! Oh, Deus! é inexprimível! Não posso viver sem minha vida! Não posso viver sem minha alma! (Heathcliff - O Morro dos Ventos Uivantes) "
 
 
 
 
 
 

sábado, 4 de maio de 2013

Memories - Capítulo 7 - Trisha é um detector de mentiras

  
    – Peguei um táxi – respondi, passando por ela e indo direto ao banheiro.

Liguei o chuveiro e senti a água quente me acalmar. Ela conseguiu levar embora todo o meu cansaço, mas falhou em tirar o sorriso doce e os olhos intensos de Rick de minha mente.

           Memories - Sete

    NO DIA SEGUINTE acordei com uma dor horrível nos pés. Provavelmente pelo fato de eu ter andado em círculos durante 35 minutos.
    Da minha janela, eu podia ver apenas o logotipo da floricultura, que me fez ter uma enchorrada de lembranças da noite passada. As sensações também quiseram se apresentar, e senti como se a mão macia e quente de Rick estivesse sobre a minha. Balançei a cabeça para espantar o pensamento.

     – Droga – murmurei.

    Olhei no relógio e percebi que nunca tinha dormida até aquela hora. Ficaria até feliz em saber disso se não fosse pelo fato de eu, Colin e Trisha termos cominado de ir até a praça para tiramos algumas fotos. Levantei rapidamente e lavei o roso, tentando tirar a cara de sono. Escovei os dentes e prendi meu cabelo em um rabo-de-cavalo, com uma fita.

    – Bom dia, dorminhoca – disse Trisha, assim que cheguei na cozinha.

   Ela ainda estava usando o pijama, o que me fez concluir que ela já tinha desistido de ir á praça. Me sentei á mesa e peguei uma das torradas amanteigas que estavam no prato.
 
    – Sinto muito termos perdido a hora – eu disse – Sei que era eu quem devia acordar vocês, mas é que cheguei muito cansada ontem á noite.
    – Está tudo bem, bobona. Aliás, não poderíamos ir mesmo. Esqueceu-se de Colin?
    – Ah, sim – disse – ele ainda está mal?
    – O inchaço diminuiu impressionantemente, mas ele não está querendo sair de casa hoje. Ainda se sente cansado.
    – Posso falar com ele? – perguntei
    – Melhor não – ela respondeu – ele ainda está dormindo, e fica muito irritado quando alguém o acorda. Você sabe disso. Aliás, quero conversar com você sobre outra coisa.

    Revirei os olhos e esperei que ela prosseguisse.

    – Rebecca Johnson – ela começou – Está saindo com alguém e não me avisou?

    Me assustei com a pergunta. Não tinha como Trisha saber da noite passada... não é mesmo?

    – Do... do que está falando, Trisha?

    Ela levantou da mesa e foi até a sala. Voltou a cozinha com um buquê de flores vermelhas. Nelas havia um bilhete pequeno.

    – Isso chegou hoje de manhã – ela disse – Olhe, Rebecca; eu sei dizer quando um homem está paquerando uma mulher. E com certeza esse buquê não é de boas vindas.

    Meu coração acelerou só de pensar em quem devia ter enviado essas flores.

    – Quem as trouxe, Trisha? – perguntei
    – Eu é quem deveria estar fazendo esta pergunta.
    – Quem as trouxe, Trisha? – insisti – Como era essa pessoa?

    Olhos de caleidoscópio, ombros largos, sorriso encantador. Era isso o que eu queria ouvir.

    – Bem, um garoto de mais ou menos 10 anos bateu na porta hoje de manhã. Ele me perguntou se aqui tinha alguma Rebecca Johnson. Eu respondi que sim e ele disse: "Bem, mandaram entregar pra ela". Tentei perguntar ao garoto de quem era as flores, mas ele não me respondeu. Disse que foi obrigado a ficar calado. Mas agora, eu realmente quero saber: O que está escondendo, Becky?

    Passei as mãos no cabelo e me apoiei na parede.

    – Nada – disse.
    – Somo amigas, Becky – disse Trisha.
    – Sei que somos.
    – Não vai me contar?
    – Não há nada a dizer, Trisha – retruquei – Deve ser algum vizinho nos dando boas vindas
    – Nos dando boas vindas? – ela riu de deboche – Há apenas seu nome nesse bilhete, Becky.

     Me aproximei dela e sorri.

     – Então... acho que tenho um admirador secreto.

    Trisha bufou e estendeu o buquê.

    – Pegue logo essas flores – ela disse – Mas, se esse cara te magoar, juro que passo com um caminhão em cima da cabeça dele. E ainda dou a ré só pra confirmar. Entendeu?

    Assenti, peguei as flores e fui correndo para o meu quarto. Se oi remetente fosse quem eu estava pensando, então valeu a pena eu ter andado 35 minutos em círculos na noite passada. Me joguei na cama e peguei o bilhete. Ao abrí-lo, deixei meus lábios abrirem um sorriso.

            
       "Foi um prazer imenso conhecer você, Rebecca Johson.

    Sei que isso não é uma coisa legal de se dizer, mas deveria ficar perdida á noite mais vezes.

                                                                                                                  Rick Donehey".


    Não sou do tipo de garota que suspira ao ler um bilhete romântico. Na verdade, cresci em um ambiente onde não havia muito romance. Meus pais brigam desde que me entendo por gente, e a única coisa fofa que os ouço dizer é: "Você está bem elegante", ou "me passe a batata por favor" – estou querendo dizer que a maioria das vezes eles diziam "Me passa logo essa batata aí!".
    Eu via meus pais como parceiros de negócios, não como marido e mulher. Deus, Colin e Trisha eram a única coisa que me fazia acreditar que o amor existe. Eu já gostei de uns garotos quando era pequena e o único garoto que namorei se chamava Mike. Os outros só estavam interessados em juntar a família deles com a minha para conseguir mais dinheiro. E eu nunca, nunquinha, me apaixonei perdidamente.
    Guardei o bilhete na minha gaveta e coloquei as flores em um vaso. Fui até meu guarda-roupa a procura de algum vestido que Trisha aprovaria.

                                     ***

     A câmera estava na minha mão direita e o casaco de Rick pendurado no meu braço esquerdo. Enquanto descia as escadas, Trisha me seguia sem parar de falar.

    – Quando for falar com ele, se lembre de sempre sorrir! Mas não demais para ele não achar que você tem problemas mentais. E por favor, não comente o fato de você ter uma caranguejeira de estimação!
    – Trisha! – parei no meio da escada e a encarei – Já disse que não é um encontro! Vou apenas agradecer pelas flores e devolver o casaco!
    – Você mentiu pra mim sobre onde estava ontem á noite! – ela retrucou – Vai ter que me aguentar. Aliás, sei que está interessada nele. Vi o modo como olhou pra ele ontem á tarde.

    Tentei negar, mas lembrei que não podia mentir para Trisha até porque não podia. Ela me conhecia melhor do que eu mesma. Ela parecia um detector de mentiras.

    – Volto logo – avisei – Não deixe Colin chegar perto da cozinha. Vou passar no mercado e comprar algo para comermos.

    Trisha revirou os olhos e assentiu.

    – Não demore.

                                    ***

    Ao sair do prédio, atravessei a rua e aquele senhor que entregava rosas para as moças que passavam me desejou um "bom dia, senhorita". Ele estava arrumando alguns arranjos que tinham acabado de sair de um caminhão. Ajudei ele a recompor algumas caixas e passei pela porta giratória. Mas, antes, bati uma foto da floricultura.
    Rick estava no balcão anotando algo em um caderno. Pelo modo como mexia os dedos, parecia estar fazendo contas. Duas garotas estavam apoiadas no balcão esperando que ele terminasse. Rick separou os arranjos que as garotas haviam escolhido e esperou pelo dinheiro. Eu estava perto o bastante para perceber que, quando uma das garotas tirou o maço de dinheiro de sua bolsa, foi com ele um pedaço de papel, que imaginei que fosse o telefone dela. Rick pegou o dinheiro, mas deixou disfarçadamente o papel cair no chão. A garota piscou para ele e então passou por mim, saindo da floricultura.
    Aproveitei quando Rick virou as costas para colocar algumas flores na estante e me aproximei do balcão.

    – Bom dia – disse.

    Rick virou e assim que me viu abriu aquele famoso sorriso. Mas dessa vez pude perceber pela primeira vez uma covinha em sua bochecha.

    – Rebecca Johnson – o modo como ele disse meu nome me fez ficar vermelha.
    – Recebi as flores – eu disse – Obrigada. São lindas.
    – Não se anime tanto, fui obrigado á isso – ele apontou para o senhor que arrumava os caixotes de flores do lado de fora da floricultura.
 
    O olhei indignada, mas então ele sorriu.

    – Eu estava brincando.

    Dei uma risada fraca e abaixei a cabeça. Rick seguiu meu olhar e perguntou:

    – Está gostando de San Francisco?
    – Sim – respondi – Eu e meus amigos falamos disso desde os 16 anos. É como um sonho que se tornou realidade. Eu vim com eles. A garota que estava comigo ontem é Trisha. E também tem Colin, o namorado dela. Você iria gostar deles.
    – Aposto que sim – ele disse – Ei, esse é o meu casaco, certo?

    Ele apontou para o casaco que estava em meu braço esquerdo e eu assenti.

    – Você esqueceu comigo ontem á noite – entreguei o casaco e ele o pegou – Será que poderia fazer uma pergunta? Quem era o garotinho que me entregou as flores?
    – Ah, sim – ele sorriu – Harrison. É meu primo. Pedi para que ele te entregasse porque estava ocupado aqui na floricultura. Desculpe não ter te entregado pessoalmente.
    – Não tem problema – eu disse – Adorei mesmo assim.

   Rick olhou nos meus olhos. Estava começado a ficar sem graça, então desviei o olhar para a porta giratória da floricultura. As garotas que estavam interessadas em Rick ainda estavam lá, rindo e olhando o tempo todo para dentro da floricultura.

    – Elas estavam a fim de você – eu disse, apontando para elas.
    – Elas estavam enchendo o saco – ele corrigiu – Não gosto de garotas nojentas como elas.
    – Então... que tipo de garota você gosta?

    Nem sei porquê perguntei aquilo. Rick deu risada e abaixou a cabeça. Quando ergueu os olhos para mim, perguntou:
 
    – Aceita tomar um sorvete comigo, Rebecca?
    – Agora? – perguntei
    – Está muito ocupada?
    – Não, é que...

    Tinha dito para Trisha que chegava logo. E ainda precisava passar no mercado e comprar algo para fazer o almoço. Mas... era apenas um sorvete, certo? – Aliás, Colin e Trisha é quem tinham dito que eu precisava me relacionar mais com as pessoas. Qualquer coisa, ponho a culpa neles.

    – Eu vou – disse – Mas tem que ser rápido.

                                 ***

Continua...
 


Heeeey! Quanto tempo, não? Desculpem a demora, viajei a semana toda! - quem vê pensa: Nossa, como ela á importante! - Mas o que acontece é que meu pai é Evangelista. A cada dia ele vai pregar em uma igreja diferente e ás vezes nós vamos juntos. E, aproveitando que essa semana não teve aula (pelo menos na minha escola) ele pediu pra todo mundo - eu, minha mãe e meus dois irmãos - irmos juntos. Resultado: sem tempo pra computador. Mas espero que tenham gostado desse! Bjss e até a próxima! 
 
Comentários:
 
Jonathan Freitas: Melhor que Crepúsculo? Caraca, morri com o elogio! x_x! kkk valeu mesmo, cara! Obrigado por estar acompanhando, bjss!
 
Thatá: Continuando, sua DIVA! U.U! kkk em, num foi um BIIIIG, mas foi maior qe os outros, kkkk Gostou, nega? Bjjs amo vc!
 
Fiquem com Deus!